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Computação Ubíqua

O conceito de Computação Ubíqua é bastante relacionado à Internet das coisas (IoT) e surgiu a partir dos avanços tecnológicos que permitiram a presença cada vez mais constante de dispositivos eletrônicos na vida das pessoas, de modo a tornar a Interação Humano Computador algo natural e comum.

O que é Computação Ubíqua?


O nome ubíquo é um termo do Latim ubiquu – adjetivo – que significa “que está ou pode estar em toda parte ao mesmo tempo” (Dicionário Michaelis). Dessa forma, a Computação Ubíqua descreve a presença direta, onipresente e orgânica da tecnologia no cotidiano das pessoas, buscando integrar e tornar a interação humano-computador cada vez mais indistinguível. As características dessa área têm uma influência direta na vida diária, auxiliando na simplificação das tarefas diárias, com um efeito praticamente imperceptível para os utilizadores.

Origem


A Computação Ubíqua surgiu em conjunto ao aumento das utilidades e da acessibilidade de serviços computacionais para os consumidores finais, sendo um termo cunhado originalmente em 1991 pelo cientista chefe do Centro de Pesquisa Xerox PARC, Sr. Mark Weiser, através de seu artigo “O Computador do Século XXI”. Para Weiser, a computação se trataria de diversos aparelhos ligados entre si e não, somente, algo exclusivo de uma caixa de CPU. Nessa corrente, o cientista chefe especulou, assertivamente, que no futuro os usuários usariam a tecnologia sem notar ou precisar de noções técnicas do aparelho utilizado.

Objetivo


Automatizar a relação entre os seres humanos e a tecnologia de modo a torná-la invisível (utilizar sem perceber), de tal forma que irá dinamizar as atividades cotidianas de modo imperceptível, e consequentemente ampliando a conectividade de seus usuários.

Características


  • Invisibilidade (o computador torna-se fundamental nas atividades cotidianas, mas dilui-se no mundo físico, tornando-se onipresente e imperceptível);
  • Pró-atividade (o sistema deve conseguir antecipar a intenção do usuário);
  • Sensibilidade ao Contexto (o sistema deve possuir mecanismos que permitam a aquisição de informações do meio);
  • Interfaces Naturais (comunicação natural entre pessoas e sistemas computacionais, por gestos, voz e mesmo olhares );
  • Descentralização/Diversidade (dispositivos de propósito geral);
  • Conectividade (ter o usuário sempre conectado por meio de seus dispositivos).

Importância dos Sistemas de Informação Distribuídos (SID) para a Computação Ubíqua


De modo geral, os Sistemas de Informação Distribuídos (SID) consistem em um middleware (software que fica entre um sistema operacional e os aplicativos executados nele), implementado sobre uma infraestrutura computacional que integra aplicações em rede sem grandes complicações. Figura 11)

Os Sistemas de Informação Distribuídos são compostos, principalmente, pela Computação Móvel - a qual permite o acesso ao conhecimento em qualquer lugar a qualquer momento - e pela Computação Pervasiva - invisível ao olho nu do ser humano, mas sabe-se que ela está presente no espaço -. Diante disso, os SID conferem existência a Computação Ubíqua por meio da aplicação dos conhecimentos de ambas as computações, permitindo assim, ampliar a usabilidade da mesma.

Exemplos

  • Carros autônomos (Tesla)
  • Celulares dobráveis
  • Smartwatches
  • Geladeira Smart

Desafios da Computação Ubíqua

Sabe-se que devido aos avanços tecnológicos, a computação ubíqua foi unida ao cotidiano dos usuários de forma imperceptível e permanente, tornando comum a interação entre homem e maquina. Entretanto, no sentido social, questões como segurança e privacidade relacionados aos dados pessoais podem ser considerados eventuais problemas a serem ultrapassados pela computação, visto que esses podem ser divulgados caso o sistema apresente falhas. Ademais, outro ponto a ser considerado é a coleta e processamentos de dados e informações do meio, bem como a disseminação de tais informações, juntamente ao funcionamento dos dispositivos de forma simultânea.

Isso se deve ao fato de que o bom funcionamento se baseia na capacidade de execução em qualquer lugar, independente do tipo de dispositivo utilizado, e sistema operacional, que esta diretamente relacionado a segurança, pois é preciso evitar falhas e garantir a privacidade na troca de dados das aplicações. A importância da manutenção de contexto é crucial para a qualidade operacional, pois após a recepção das informações externas, o sistema precisa responder adequadamente. Assim, para o funcionamento de um dispositivo relacionado a computação ubíqua deve-se considerar esses fatores, e entregar qualidade e capacidade de realização das tarefas sem o comprometimento do sistema, propondo também que o software satisfaça o usaria e aprenda com ele.

Considerações finais


“As tecnologias mais profundas e duradouras são aquelas que desaparecem. Elas dissipam-se nas coisas do dia a dia até tornarem-se indistinguíveis.” Mark Weiser – 1952 a 1999 – Cientista Chefe do XEROX PARC – “O Computador do Século XXI” – tradução livre.


Referências

  1. Monqueiro, J. C. B., Computação ubíqua(2008). Disponível em: https://www.hardware.com.br/artigos/computacao-ubiqua/
  2. Silva, E., Botelho L., Santos I., & Sanchez G., Computação Ubíqua – Definição e Exemplos. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/270152395.pdf
  3. O que é Computação Ubíqua? Disponível em:https://canalte.ch/tp2/210
  4. Computação Ubíqua. Disponível em: https://www.infoescola.com/informatica/computacao-ubiqua/.
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União das tecnologias
c/computacao_ubiqua.txt · Última modificação: 2022/09/04 20:13 por Larissa Silvério Desbessel