Um Sistema de informação (S.I.), segundo a Profa. Dra. Ellen Francine Barbosa - mestre em Ciência da Computação e Matemática Computacional pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC-USP) - consiste em “Um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam, e distribuem informações destinadas a apoiar tomadas de decisões, a coordenação e controle de uma organização”. Partindo dessa definição podemos concluir que para que haja efetivamente um Sistema de Informação, é necessário um certo conjunto de componentes; sendo eles: Dado, Informação e conhecimento.

• Os dados consistem em “fatos brutos”, ou seja, valores atribuídos a algo, sendo esses valores nem sempre numéricos, subdivididos geralmente em qualitativos e quantitativos. Representam eventos ou ocorrências, sendo construções humanas com a finalidade de posteriormente tornar-se informação e conhecimento, tanto usual quanto aplicacional em algumas circunstâncias. Porém diferentemente da Informação, são elementos que nem sempre estão em uma formatação útil, ou decifrável.
• A Informação por sua vez equivale na transformação desses dados brutos, moldando-os afim de que estejam com uma formatação adequada e significativa, podemos dizer que é o agrupamento do nosso aprendizado segundo algumas convenções.
• O conhecimento, diferentemente dos aspectos anteriormente abordados se trata da incrível capacidade intelectual humana de entender, compreender e aprender os mais diversos conceitos existentes. Consequentemente, utilizando inúmeras informações.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS) o Sistema de Informação em Saúde (SIS) são instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados. E tem como o objetivo o fornecimento de informações para análise e melhor compreensão de problemas da saúde envolvendo a população. Auxilia no conhecimento sobre natalidade, fatores de risco, condições demográficas, morbilidade e outras condições de saúde.

Os Sistemas SIS são responsáveis pela transformação dos dados “brutos” anteriormente citados, em informação. No setor da Saúde a informação influencia diretamente no processo decisivo, nos níveis Municipal, Estadual e Federal. Havendo profissionais envolvidos no processo de seleção, coleta, classificação, armazenamento, análise, divulgação e recuperação dos dados.

No Brasil, o Departamento de Informática do SUS (DATASUS) atua com importância vital no processamento/transformação de dados em informação na saúde brasileira, entre algumas das funções desempenhadas por seus profissionais estão:

• Pesquisar, desenvolver e anexar tecnologias de informática que possibilizem a implementação de sistemas e a propagação de informações relevantemente necessárias às ações de saúde, em concordância com as diretrizes da Política Nacional de Saúde.

• Manter o acervo das bases de dados necessárias ao sistema de informações em saúde e aos sistemas internos de gestão institucional;

• Apoiar estados, municípios e o Distrito Federal na informatização das atividades do SUS (DATASUS, 2011).

Entre outras várias funções desempenhadas pelo departamento.

O SIM constrói indicadores e processa avaliações epidemiológicas que colaboram para a produtividade e melhoria da gestão em saúde. Esse sistema é de incumbência da Secretaria de Vigilância à Saúde e ampara a tomada de decisão nas mais variadas áreas da mesma.

O SINASC coleta informações sobre os nascimentos acontecidos no Brasil e fornece dados sobre natalidade para toda a hierarquia do Sistema de Saúde. Além disso, o SINASC colabora para a compreensão da situação de saúde de uma comunidade e para a análise de políticas e ações de segurança na área materno-infantil.

O SINAN é sustentado, principalmente, pela notificação e apuração de casos de agravamentos de doenças que estão presentes na lista nacional de enfermidades de notificação compulsória e é cedido que os estados e municípios incluam outros problemas de saúde regionais relevantes.

O SIH/SUS cuida dos dados sobre as internações hospitalares e é responsável por coletar informações para auxiliar os serviços e profissionais da saúde a terem conhecimento das doenças que lavam às internações hospitalares.

O SIA é o sistema que auxilia gestores regionais processando as informações de atendimento ambulatorial captadas profissionais da saúde conveniados pelo SUS.

O SIAB é um software implementado pelo DATASUS com a finalidade de arquivar e processar os dados relacionados Atenção Básica (AB) utilizando como plano central a Estratégia de Saúde da Família (ESF).

O sistema HIPERIDA coleta informações dos pacientes (dados clínicos dados clínicos, fatores de risco e doenças concomitantes, presença de complicações e tratamento) com a finalidade de auxiliar no cadastro e acompanhamento dos mesmos.

O Siscolo e o Sismama atuam na esfera do SUS são internos ao Sistema de Informação Ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS) são responsáveis por registrar os exames citopatológicos e do colo do útero e mama, e também mamografia.

O SIS/PRÉ NATAL se insere dentro da rede cegonha e possui as funções de de registrar as gestantes, acompanhar e analisar a qualidade dos serviços de saúde prestados a cada uma e seus recém-nascidos.

O CNES é responsável por avaliar a excelência dos serviços e da infraestrutura das unidades de saúde, organizando dados sobre equipes e profissionais. Este sistema é baste útil ao Ministério da Saúde que utiliza diversas informações do mesmo para descobrir mais sobre consultórios, clínicas e hospitais determinados.

O SISREG gerencia todo Complexo Regulatório visando a humanizar, monitorar o fluxo e otimizar o aproveitamento de recursos dos serviços de saúde prestados no Brasil, indo do mais básico às internações hospitalares.

O DATASUS capta, processa e divulgaa dados sobre a saúde nacional, amparando a informática e sistemas necessários para a estruturação, operação e monitoramento do SUS.

[1] Sanz-Valero J, Veiga de Cabo J, Castiel LD. A iniciativa Open Access no acesso à informação técnicocientífica nas ciências da saúde. R Eletr Com Inf Inov Saúde. (2007).

[2] D'Agostino, M., Marti, M., Mejía, F., de Cosio, G., & Faba, G. Strategy for governance of open health data: a paradigm shift in information systems. [Estratégia para a governança de dados abertos de saúde: uma mudança de paradigma nos sistemas de informação]. (2017).

[3] Ministério da Saúde – DATASUS.

[4] KURCGANT, P. et al. Administração em enfermagem.

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3056386/mod_resource/content/1/Aula%2002%20-%20Conceitos%20SI.pdf

https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/6/unidades_conteudos/unidade08/p_04.html

https://escoladedados.org/tutoriais/o-que-sao-dados/

https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/conhecimento.htm

https://gestaoemsaude.net/principais-sistemas-de-informacao-em-saude/

https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/277