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A integração entre educação e tecnologia é um tema amplamente conferenciado devido à revitalização da estrutura educacional atual. O termo “Informática na Educação” consiste na introdução do computador e suas demais ferramentas na sala de aula, demandando que o docente seja um profissional capaz de aprimorar metodologias tradicionais de estudo, e capaz de ministrar o conteúdo baseado no conhecimento prévio do funcionamento da máquina e sua capacidade. O professor igualmente deve entender o potencial educativo da tecnologia no desenvolvimento cognitivo e profissional dos alunos, os colocando em uma posição ativa em relação aos estudos.

Com os diversos avanços tecnológicos e a grande difusão das TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação), é evidente que a escola divide o seu grande papel na formação do indivíduo juntamente aos meios digitais. Presentemente, os computadores tem uma função de suma importância em uma ampla área que afeta diretamente o indivíduo. Nesse sentido, é fundamental conhecer e procurar na informática o auxílio necessário para desenvolver as práticas pedagógicas e tornar processo de aprendizagem mais eficiente e dinâmico.

A inserção dos conteúdos virtuais nas escolas pode ampliar a construção do conhecimento e do desenvolvimento de diversas habilidades do ser humano, como também promover uma modernização na qualidade de ensino das escolas por meio da dinâmica entre professor, alunos, e a própria instituição de ensino. Ademais, fica evidente que a utilização de softwares de simulação, por exemplo, pode promover o aprimoramento da lógica e compreensão matemática, e que a integração das mídias no computador permite que sons e imagens sejam trabalhadas, tornando-se um recurso crucial para estimulação cognitiva.

Outras possíveis aplicações didáticas utilizando o computador incluem:

• Softwares educacionais adaptados a cada proposta de ensino do professor regente;
• Aprimoramento da lógica e resolução de problemas por meio de jogos ou softwares;
• Desenvolvimento das habilidades linguísticas por meio de programas de edição de texto;
• Utilização de softwares gráficos para representações artísticas e geométricas;
• Uso da internet para o desenvolvimento de pesquisas;
• Programas direcionados para o ensino de informática básica;
• Preparação do aluno para interações sociais; e
• Oferecimento da oportunidade de autonomia e pensamento critico.

Para que a implementação da informática na educação ocorra, um dos fatores fundamentais é a boa formação dos professores acerca do conhecimento metodológico envolvendo o funcionamento dos computadores. O computador pode ser uma ferramenta de auxílio na relação professor-aluno, fazendo com que ambos os lados desenvolvam habilidades por meio da compreensão de programas que satisfaçam suas motivações. Dessa forma, obtêm-se o oposto da denominada “máquina de ensinar”, apresentada pelo senso comum.

Entretanto, cabe ao docente tomar um papel de aprendizagem contínua, buscando a reestruturação da formação e se preparando para adquirir competências que fogem do modelo tradicional de ensino. Competências estas como entender os recursos computacionais e identificar formas de aplicar tais recursos na prática, além de estar disposto a entender que, devido aos avanços tecnológicos, a geração atual está mais apta e acostumada com os meios digitais, exigindo que ele esteja aberto a aprender e a ensinar. Tal formação dos profissionais capazes de se familiarizarem com a informática não garantem uma melhor qualidade de ensino, pois os computadores não podem e nem devem ser considerados como “deus ex machina” capazes de solucionarem os problemas pedagógicos da sala de aula.

Dessa forma, as escolas estão em constante estado de mudança, renovando-se juntamente com a constante evolução da Era da Informação. Os professores devem usar a criatividade ao desenvolver suas aulas, pois precisam diferenciar suas atividades com o apoio da informática. Isso porque muitas novas experiências tecnológicas são evidentes e prontamente implementadas no cotidiano das pessoas. Ter formação profissional como docente capaz de usar os recursos computacionais disponíveis adequadamente pode proporcionar novas experiências aos alunos, possibilitando que eles se envolvam positivamente com as novas tecnologias.

A informática foi extremamente favorecida pelos avanços da ciência. Devido a isso, a educação foi reestruturada para acompanhar a nova realidade tecnológica e científica. Os grandes pioneiros, que deram início aos debates acerca da informática na educação e sua implementação, foram os Estados Unidos que, em consonância com a França, na década de 1980, desenvolveram políticas publicas para a instalação de computadores nas escolas, além de formação adequada de profissionais na área. Diante desse cenário, o Brasil, assim como os países citados, iniciou este mesmo processo em faculdades públicas no início da década de 1970, tendo como principal representante a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), considerada a primeira universidade a aplicar o computador como ferramenta diária dos estudantes.

Posteriormente, visando se tornar um país representante de avanços nos setores tecnológicos ao invés de utilizar-se de um longo processo de terceirização das áreas tecnológicas, o governo brasileiro percebeu que seus objetivos pedagógicos não estavam sendo alcançados. No final dos anos 80 e início dos anos 90, influenciado pelo cenário tecnológico da época, o Brasil investiu na instalação de computadores nas escolas públicas e privadas, de forma a tornar a tecnologia cada vez mais presente no ambiente educacional.

Ademais, após este longo processo, a primeira ação oficial do governo central foi a criação do Projeto EDUCOM, que tinha como objetivo disponibilizar computadores para a rede pública de ensino, constituindo-se de cinco principais centros, todos localizados em diferentes universidades públicas do pais. A partir desse projeto, foram iniciado diversos outros movimentos estaduais e municipais em diversas partes do país, como o importante ProInfo (Programa Nacional de Tecnologia Educacional), que foi fortemente apoiado pelo Governo Federal e pela Secretaria da Educação na época. Em relação à capacitação dos professores, o órgão responsável foi o Núcleo de Tecnologia Educacional. Ambos os programas visavam melhorar a qualidade de ensino publico, dinamizar o acesso à rede de computadores, capacitar professores e voltar a educação para o desenvolvimento científico e tecnológico.

Atualmente, conforme os novos paradigmas educacionais, o constante avanço da informática e também devido ao cenário pandêmico atual vivenciado, no qual ficamos à mercê dos computadores e suas demais ferramentas, as escolas se tornaram mais preparadas e desenvolvidas, como é apontado pelo Censo Escolar 2021. Entretanto, a educação brasileira ainda precisa de reestruturação, devido à falta de infraestrutura adequada que evidencia os problemas de desigualdade social no Brasil.

Ao utilizar o computador, a educação oferece a possibilidade de mudanças de paradigma por meio da modificação da compreensão, trazendo a possibilidade de usar a tecnologia para fins educacionais que decorre de sua capacidade de melhorar a comunicação. O computador precisa ser integrado ao espaço de convivência da escola para um treinamento eficaz, incluindo permitir que os alunos trabalhem no conhecimento de forma dinâmica e colaborativa. Para isso, o aluno precisa atender a algumas condições necessárias para atingir seu objetivo, assim o computador é utilizado como ferramenta para aumentar sua cognição.

Para que a tecnologia faça parte da vida do estudante, precisamos entender como ela funciona. Isso significa que o conhecimento sobre a máquina é necessário sempre que precisamos de software ou programas para viver em sociedade. Vemos essa necessidade nos tempos modernos devido aos vastos avanços tecnológicos disponíveis. Com isso, implementar a tecnologia da informação nos currículos escolares em várias disciplinas faz-se necessário para capacitar o estudante para lidar com os problemas do dia a dia. Isso permitiria que os alunos aprendessem diferentes habilidades e ferramentas através de sua educação e até mesmo após o horário escolar.

Com a execução das TICs em seus programas educacionais, as escolas fornecem aos alunos mais velhos um link para cursos em andamento. Os alunos mais jovens também podem se beneficiar da integração das TICs quando precisarem de tal conhecimento no futuro. Isso sugere um efeito positivo na educação continuada via plataformas tecnológicas.

Apesar de o cenário atual ser evidentemente melhor do que o de 40 anos atrás, os avanços da informática no âmbito da educação não são tão notáveis. Diante disso, é evidente que a tecnologia educacional precisa enfrentar alguns problemas básicos pois, mesmo com as diversas concepções observadas no início, não obtivemos os resultados esperados até o atual momento. Dentre tais motivos, é crucial evidenciar a falta de infraestrutura para a instalação de laboratórios de informática nas escolas, em conjunto de diversas falhas administrativas, a falta de profissionais qualificados e, alinhado a isso, as incontáveis falhas na metodologia de ensino.

Em relação à capacitação dos professores, mesmo com os matérias e recursos direcionados a essa questão, algumas pesquisas apontaram relatos sobre o baixo rendimento desses profissionais em conjunto com a falta de infraestrutura para a realização de projetos que os afastaram dos objetivos previstos. Outra pesquisa feita com os resultados do projeto ProInfo apontaram que os investimentos para instalação das máquinas nas escolas não foram o suficiente, já que houveram poucas utilizações dos computadores. Portanto, os professores devem ser considerados os principais destinatários de qualquer informação ou cursos produzidos por essas instituições.

A inclusão de tais ferramentas mencionadas podem não ter gerado os resultados esperados, contudo, as condições necessárias podem ser criadas para a melhoria do cenário. Sobretudo em relação à capacitação docente na área e melhoria dos recursos capazes de abranger as altas demandas decorrentes das desigualdades sociais, visto que diversas escolas da rede pública de ensino estão sofrendo com as condições precárias e falta de estrutura adequada, evidenciadas pelo quadro atual que vivemos.

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