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Engenharia de Requisitos

Visão Geral

A Engenharia de Requisitos (da sigla E.R) é um processo que surgiu em 1993, graças a realização do International Symposium on Requirements Engineering, que desenvolveu uma subárea da Engenharia de Software, com os objetivos de definir, documentar e reparar as premissas presentes em um documento de requisitos, bem como estabelecer um processo de definição de requisitos, que passará por uma etapa na qual o que deve ser feito será elicitado, analisado e modelado.

Essa subárea precisa tratar com diferentes pontos de vista, e utilizar uma combinação de métodos, ferramentas e pessoal para gerar um modelo, do qual um documento de requisitos será produzido. De forma ampla, a Engenharia de Requisitos ocorre em um contexto previamente definido chamado Universo de Informação.

Principais Marcos

A International Symposium on Requirements Engineering é uma das maiores conferências anuais de Engenharia de Software do mundo. Ela começou como duas séries de conferências bienais alternadas, sendo uma série em anos ímpares a partir de 1993, que inaugurou com o Simpósio Internacional de Engenharia de Requisitos (RE), e a outra série em anos pares a partir de 1994, que inaugurou com a Conferência Internacional de Engenharia de Requisitos (ICRE). Essas duas séries se fundiram em 2002, com a realização da Joint International Requirements Engineering Conference (RE'02), que recebeu este nome para anunciar a fusão das séries.

O Universo de Informação em que a Engenharia de Requisitos está inserida se refere ao conjunto geral no qual determinado software será desenvolvido. Isso inclui todas as fontes de informação e todas as pessoas relacionadas ao software, sendo que todas essas pessoas serão denominadas como agentes desse universo.

As atividades de elicitar, analisar e modelar foram relacionadas a Engenharia de Requisitos pois a atividade de elicitar busca descobrir o máximo de informação possível para o conhecimento do objeto que está sendo elicitado. Já a atividade de analisar consiste na identificação de partes, na verificação e na validação do conhecimento para o processo de desenvolvimento do software. Por fim, a atividade de modelar é baseada na construção de modelos do sistema utilizando métodos e técnicas com base na representação, organização e armazenamento. Essas atividades reunidas e aplicadas na Engenharia de Requisitos formam o documento de requisitos, que deverá conter as informações da elicitação, a validação da análise e a representação da modelagem.

A norma ISO/IEC 9126 (da ISO ‘’International Organization for Standardization’’) foi criada em 1991 e busca estimar a qualidade de um produto com base em aspectos internos e externos. A norma define um conjunto de regras com o objetivo de padronizar a avaliação da qualidade de software. Para os documentos de requisitos elaborados pelo processo da Engenharia de Requisitos, são definidas seis características conforme a norma para a qualidade de software, sendo elas a funcionalidade, a usabilidade, a confiabilidade, a eficiência, a manutenibilidade e a portabilidade.

Grandes Nomes

Daniel Amyot

Daniel Amyot é canadense, pesquisador, professor da Universidade de Ottawa e codiretor do programa de pós-graduação em transformação digital e inovação. Com formação de Engenheiro de Software na Universidade de Ottawa, Daniel é um pesquisador importante na área de Engenharia de Requisitos Orientada a Cenários e Objetivos e de Notação de Requisitos do Usuário (URN), sendo ambas as pesquisas em que Daniel participa voltadas para a formação e aprimoração da Engenharia de Requisitos. Outro fator importante é que Daniel é o atual presidente da Requirements Engineering, organização responsável por elaborar as conferências de RE, ICRE e posteriormente RE’02, que são as conferências elaboradas para aprimorar e expandir o conhecimento sobre a Engenharia de Requisitos.


Daniela Damian

Daniela Damian é canadense, pesquisadora, professora da Universidade de Victoria e Conselheira do Reitor em Inclusive STEM e Community-Engaged Innovation. Seu interesse em pesquisa está voltado principalmente para Engenharia de Software (com foco em Engenharia de Requisitos) e diversidade e inclusão em Engenharia de Software. O trabalho mais recente de Daniela estudou a inovação em colaboração em larga escala encontrada em ecossistemas de software, compreensão compartilhada de requisitos em engenharia de software contínua e privacidade em design de tecnologia. Daniela Damian possui importante colaboração com a formação e desenvolvimento da Engenharia de Requisitos por causa de seus artigos publicados sobre essa subárea da Engenharia de Software, sendo que um desses artigos lhe rendeu premiações no Best Paper Awards em 2017.


Emmanuel Litier

Emmanuel Letier é inglês, pesquisador e professor associado como engenheiro de software da Universidade de College London. Com doutorado em Engenharia de Software da Universidade de Louvain, Letier pesquisa sobre requisitos e arquitetura de software. Sua maior contribuição para a Engenharia de Requisitos está no emprego desse processo durante suas pesquisas, pois Letier adota as atividades que compõem a ER para estruturar os resultados de suas pesquisas. Além disso, Emmanuel faz parte do comitê da Requirements Engineering e já foi premiado no Best Paper Awards com a publicação de um artigo relacionado a Engenharia de Requisitos em 2003.


Aplicações

-Estabelecer parâmetros de organização e qualidade de documentos de requisitos.

-Padronizar o documento produzido a partir de normas referentes a ER.

-Desenvolver qualquer software de maneira bem sucedida.

Impacto Social

A Engenharia de Requisitos esquematiza de forma bem elaborada o modo de desenvolvimento de um documento de requisitos, facilitando a abordagem de sentenças voltadas para vários grupos de clientes distintos, permitindo uma maior diversidade e inclusão no momento de desenvolver o software. Além disso, mesmo contando com ótimas ideias e profissionais qualificados em desenvolvimento de software, o processo de criação de um sistema exige plena sincronia entre os profissionais envolvidos e o esclarecimento sobre os seus objetivos, sendo que estes fatores só serão alcançados com êxito caso seja feito a utilização do sistema de organização e padronização aplicados pela Engenharia de Requisitos.

Desafios

Desenvolver um documento de requisitos que não:

-Ignore um ou mais grupos de clientes alvos do software.

-Ignore um único cliente específico ou não especificado que seria alvo do software.

-Omita um ou mais grupos de requisitos que deveriam estar incluídos.

-Permita inconsistências ou contradições entre grupos de requisitos já estabelecidos.

-Aceite um requisito inadequado ou inapropriado para o desenvolvimento do software.

-Aceite um requisito que esteja incorreto, não definido ou impreciso, que acabe prejudicando o desenvolvimento do software.

-Aceite um requisito abstrato, ou seja, ambíguo e inconsistente, podendo atrapalhar na formação do software.

Referências

[1] Engenharia de requisitos. Ano de publicação: 21 de ago. de 2022. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Computer_network>. Acesso em 24 ago. de 2022.

[6] Matheus, Yuri. O Modelo OSI e suas camadas. Alura. Publicado em 24 de jan. de 2018. Disponível em: <https://www.alura.com.br/artigos/conhecendo-o-modelo-osi>. Acesso em 24 ago. de 2022.

[1] Noleto, Cairo. Engenharia de requisitos: quais as etapas e como funciona? Trybe. Atualizado em 08 de jun. de 2022. Disponível em: <https://blog.betrybe.com/tecnologia/engenharia-de-requisitos-tudo-sobre/>. Acesso em 28 de ago. de 2022.

[2] International Requirements Engineering Conference. Disponível em: <https://requirements-engineering.org>. Acesso em 28 de ago. de 2022.

[3] Rodrigo. Introdução à Engenharia de Requisitos. Devmedia. Publicado em 2008. Disponível em: <https://www.devmedia.com.br/introducao-a-engenharia-de-requisitos/8034>. Acesso em 28 de ago. de 2022.

[4] Almeida, Washington. ISO 9126. Blog Gran Cursos Online. Publicado em 12 de jun. de 2020. Disponível em: <https://blog.grancursosonline.com.br/iso-9126/>. Acesso em 28 de ago. de 2022.

[5] Equipe Monitora. Serviço de engenharia de requisitos: entenda como funciona. Monitora. Publicado em 28 de ago. de 2020. Disponível em: <https://www.monitoratec.com.br/blog/servico-de-engenharia-de-requisitos/#:~:text=A%20engenharia%20de%20requisitos%20oferece,de%20desenvolvimento%2C%20operação%20e%20manutenção>. Acesso em 28 de ago. de 2022.

[6] Amyot, Daniel. Daniel Amyot. uOttawa. Disponível em: <https://www.site.uottawa.ca/~damyot/>. Acesso em 28 de ago. de 2022.

[7] Amyot, Daniel. Daniel Amyot. Linkedin. Disponível em: <whttps:ca.linkedin.com/in/danielamyot>. Acesso em 28 de ago. de 2022. [8] Damian, Daniela. Daniela Damian. Linkedin. Disponível em: <https://ca.linkedin.com/in/daniela-damian-3b080037>. Acesso em 28 de ago. de 2022. [9] Littier, Emmanuel. Emmanuel Litier. Linkedin. Disponível em: <https://uk.linkedin.com/in/emmanuel-letier-96482913>. Acesso em 28 de ago. de 2022. [10] Littier, Emmanuel. Emmanuel Litier. UCL. Disponível em: <http://www0.cs.ucl.ac.uk/staff/E.Letier/>. Acesso em 28 de ago. de 2022.

e/engenharia_de_requisitos.txt · Última modificação: 2022/08/29 19:18 por Frank Wolff Hannemann