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Robótica

A robótica é um campo de estudo tecnológico que envolve conhecimentos de engenharia mecânica, engenharia elétrica, engenharia eletrônica, física, computação e lógica para desenvolver dispositivos capazes de realizar as mais diversas tarefas. Este campo científico é considerado uma interseção entre ciência, engenharia e tecnologia, no qual são produzidas máquinas - conhecidas por robôs - que podem replicar ou substituir o comportamento humano, possibilitando que dispositivos sejam capazes de suprir a crescente necessidade de realização de tarefas com graus de eficiência e precisão que dificilmente poderiam ser alcançados por seres humanos.

A cultura pop em particular sempre exibiu o fascínio do público pelo assunto, popularizando personalidades criadas para as mídias de ficção científica, como, por exemplo, R2-D2 e C3PO (Star Wars), Terminator (O Exterminador do Futuro), Marvin (O Guia do Mochileiro das Galáxias) e WALL-E. Esses conceitos de robô excessivamente exagerados e, por vezes antropomórficos, podem parecer caricaturas criadas apenas para representações fictícias, mas seriam eles mais avançados do que imaginamos? A evolução no desenvolvimento dos robôs está atribuindo à eles, cada vez mais inteligência e capacidades mecânicas, gerando, por sua vez, máquinas mais avançadas e hábeis, fato esse que, deixará, num futuro próximo, dispositivos como o R2-D2 mais tangíveis.


Evolução

Levando em conta que robôs e outros tipos de criaturas artificiais fazem parte de nossa literatura, e até mesmo de um imaginário mais antigo, temos que, a robótica, como ciência e tecnologia, teve seus avanços, em grande parte, impulsionados pela ficção científica. Esses, até então, levaram muito tempo para acontecer, e ainda assim, restaram muitas possibilidades de melhora para o campo, o que levará mais um longo período para que seja alcançada a plenitude em seu aprimoramento. Com o passar das décadas, os robôs se tornaram multitarefas, geralmente criados para a realização de tarefas domésticas, como, por exemplo, os aspiradores de pó robóticos, cortadores de grama, limpadores de janelas e piscinas, os que são programados para varrer, aspirar pisos e até mesmo cuidar de jardins. Com esse tipo de maquinário cada vez mais presente em nosso dia à dia, temos pesquisadores trabalhando arduamente para tornar realidade uma sociedade onde robôs e humanos coexistam.


Grandes Nomes

Isaak Yudavich Azimov (Isaac Asimov)

Em 2 de janeiro de 1920, na cidade russa de Petrovitchi, nascia um dos maiores nomes por trás das teorias que envolvem a robótica. Isaak Yudavich Azimov foi um escritor e bioquímico responsável por diversas obras de ficção e divulgação científica. No livro “Eu, robô”, Isaak descreve as três leis fundamentais da robótica que ele idealizou, e no decorrer do livro, o mesmo discorre sobre situações onde essas leis podem entrar em conflito entre si. São essas:

  1. “Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.”
  2. “Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entrem em conflito com a Primeira Lei.”
  3. “Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.”

Joseph Frederick Engelberger

Enquanto na ficção eclodiam obras com base na robótica ficcional, na realidade, durante os anos 1950, começavam à ser criados os primeiros robôs fabricados durante a industrialização. Joseph F. Engelberger, engenheiro e empresário considerado o “pai da robótica”, foi o primeiro a construir um maquinário robótico, chamado Unimate. Joseph Frederick Engelberger nasceu no Brooklyn (Nova York), em 1925. Engelberg estudou na Universidade de Columbia e, após um período de emprego remunerado, partiu para a criação da primeira empresa a comercializar robótica.


Keiichiro Yasukawa

Keiichiro Yasukawa fundou e foi presidente da Indústria Meiji em 1908. Além do negócio ná área de mineração de carvão, ele também fundou várias empresas como a Osaka Textile, Meiji Textile, Kyushu Seiko, Kurosaki Nikko e Yaskawa Electric. Juntamente com Aso e Haidao, eles são conhecidos como Os Três Grandes de Chikho. Ele foi nomeado cavaleiro danshaku em 1920 e selecionado como membro da Câmara dos Pares em 1924.


Cynthia Breazeal

Sendo fundadora e cientista chefe da empresa de robótica Jibo, Cynthia Breazeal trabalhou no desenvolvimento de robôs sociais que ajudariam o indivíduo em tarefas domésticas, interação familiar e crescimento pessoal. Além disso, Breazel é chefe do grupo de pesquisa Personal Robots no MIT Media lab, tendo como foco desde pesquisas a projeções de tecnologias de inteligência artificial baseada na compreensão psicológica, buscando com que a tecnologia promova benefícios pessoais para o usuário.


Aplicações


Impacto Social

Além das mudanças no cotidiano de detentores de robôs de uso doméstico, outro impacto social significativo da área deve-se aos casos de robôs utilizados para a realização de trabalhos em indústrias. Temos bons exemplos de como dispositivos robóticos podem ser muito mais seguros, precisos e eficientes que humanos em linhas de operação e produção, como aqueles que realizam aplicação de tinta com spray de forma detalhada, os que realizam tarefas de risco sendo operados à distância (poupando trabalhadores da submissão à situações vulneráveis) ou até mesmo os capazes de soldar juntas em locais que poderiam ser impossíveis de serem alcançados por mãos humanas, fato esse que gera desafios e possivelmente ameaças crescentes para a manufatura. Segundo uma pesquisa realizada por pesquisadores brasileiros, publicada no artigo “Automation and job loss: the Brazilian case”, 58% dos empregos no Brasil sofrem riscos de automatização e podem vir a serem totalmente extintos no pais nas próximas duas décadas.


Desafios

Alguns desafios para o futuro da robótica envolvem a elaboração de novos materiais e esquemas de fabricação para o desenvolvimento de uma nova geração de robôs com funções semelhantes à organismos biológicos, com maior economia de energia, compatibilidade e autonomia, que possam compreender a dinâmica social humana e as interações sociais éticas e integrarem-se verdadeiramente no cotidiano humano, exibindo empatia e comportamento social natural. Com a produção de robôs melhores, mais inteligentes e duráveis ​​que possam interagir uns com os outros para resolver problemas e tomar decisões socialmente aceitáveis.

Uma das provas mais importantes no desenvolvimento de dispositivos antropomórficos atualmente é ensinar esses à pegarem objetos. Afinal, o polegar dobrável e nossa capacidade de agarrar coisas foi o maior passo evolutivo da humanidade, e será no momento, um próximo desafio para a robótica.


Referências

Material usado como base: