Nascida em 1930 no Condado de Dinwiddie, no estado da Virginia (EUA), Gladys Mae West, é uma das mulheres negras que não recebe o reconhecimento devido por sua contribuição à população. Vindo de uma família muito humilde e subjugada pelo racismo americano do século passado, West teve de enfrentar dificuldades desde muito cedo. Apesar dos desafios, Gladys se dedicou exclusivamente aos estudos durante o ensino médio, onde se formou como a primeira da classe. Seu esforço lhe garantiu uma bolsa na Universidade de Virgínia, onde cursou graduação em Matemática.
Após a graduação, lecionou durante dois anos no Condado de Sussex, para então realizar seu mestrado. Depois passou a trabalhar na base Naval Surface Warfare Center Dahlgren Division; em 1956, na Virginia; com a equipe que fazia o estudo dos dados gerados por supercomputadores. Foi apenas a segunda mulher negra empregada no local. Em 1957 se casou com Iris West, que também era matemático na mesma divisão que Gladys. Em 1970 se tornou diretora do projeto Seasat, que fazia o estudo com os satélites de maneira remota.
Após 42 anos de carreira na base naval, se aposentou em 1998. Pouquíssimo tempo depois, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) gravíssimo, que afetou o lado direito de seu corpo. Contudo, se recuperou por meio de fisioterapia e posteriormente realizou seu doutorado em Administração Pública e Política pela Universidade de Virgínia Tech, nos anos 2000, com 70 anos de idade.
Gladys West com Sam Smith em Dahlgren, no ano de 1985, examinando os dados
do Sistema de Posicionamento Global que ela ajudou a desenvolver. (Foto: Marinha dos EUA)
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